25.2.06

E que dizer... ou e qu dzr

Fico-me pelas meias palavras, assim mesmo.

O gajo que mais se esforça para dar honorabilidade à casa, para fazer do Tróia não a casa de Irene mas a casa de Família, não é que se sente, inexoravelemente, passado para tras!!
Quando um dos clientes, mais alto é certo mas mais baixo na hierarquia, voa, high cost, até Paris de França. Não era de me dizeres com tempo, vade mecum? Não o badameco Zé, mas o Vade mecum Senhor Administrador. Não!
Vai o honrado guardião da respeitabilidade da casa em very very low cost, ou até, em "without cost" mas com a house às costs, até à nossa coast de Viana, apud Amorosa, linda e bela (mesmo que não fosse, é sem cost!).
E vai comer sardinhas, não o riz-au-lait ou a tortilla de ternera...
A vingança serve-se fria: "lâche misérable lâche, qui frotes la tête du souris contre un acacia!" (Lafontaine). Os mais desgraçados serão sempre os mais desgraçados, os mais pobres serão sempre mais pobres, verdade lapaliciane, mais pourtant...

E se, ao chegarem, altaneiros e orgulhosos do vosso banho de cultura na Pedrera de Barcelona ou no Père Lachèse de Paris, com as vossas t-shirs, (que ides trazer, pois ides, já estou a ver... lindas, uma em espanhol, I Love Catalunya, outra em francês Welcome to Eurodisney...) virem passar um humilde carrito (apetecia-me dizer umild, para melhor ilustrar o reduzido valor comercial "loucóste" do veículo) com uma humilde família, NÃO virem a cara para o lado. É um vosso semelhante, ainda que menos semelhante, não deixa de o ser. E um dia, oh, um dia, também eu vou ter umas t-shirs iguais, ainda que tenha de ir à feira de Espinho, num dia em que a Polícia não faça rusga...
L.: com o dinheiro que pouparás, o Rogério, não, traz-me ao menos uns caramelos, sín embargo e presupuesto...
(E o Zé, que é um rapaz simples, do Norte, que pensava que o único low que existia era o Lou Reed. Pá, o que a gente aprende com a malta culta)

De vossas excias, um serviçal...

24.2.06

Ora, Administrador fora, pagode no Tróia!


Pois, Zé! Vem nos tinha parecido que o L. ..... vive bem! E para disfarçar vem com a tanga do low cost, voo rasteiro... blá, blá... Voo rasteiro, se não é, devia ser mais caro: 1. assusta a malta, 2. é indiscreto, 3. dá-nos com a poluição mais nas “trombas” (salvo seja), 4. permite a observação in loco de vacas, cabras, pinheirais... ermidas, casetas, mansões...e outras abelhudices.... e 5. (o que é grave) cheira-me a anglicismo burguês!
E, ainda por cima, linka-nos com o “Confortel Almirante Hotel Barcelona”. Além de uma provocação, “amanda-se” para um Almirante! Por que não um cadetezito? Mas, cuidado! É que esses gajos da marinha não são lá de muita confiança: não sei quantas em cada porto.... e sabe-se lá os cuidados que tomam!

Bom! Pela parte que me toca, espero, para o bem de todos, que me tenha sobrado mesmo a pior das partes. Infelizmente, o meu amigo Quintas, com um ou dois Carnavais a menos, foi-se, assim de repente... daquelas coisas que por vezes ouvimos dizer de um ou de outro e que só acontece uma vez a cada um. Pois! Por consequência, contra qualquer previsão, partirei na madrugada de Sábado para Paris. Exacto. Esse mesmo de França. Mas pela pior das razões. As cerimónias decorrerão 2.ª Feira, pelo que provavelmente só regressarei na Terça.

Assim sendo, espero que o Zé se desforre num qualquer pró-cevado, num qualquer candidato a suíno....... e saboreie o Carnaval, nem que seja à moda de Marecos, que, se não existe, bem pode começar a institucionalizá-lo!

E o L., espero que durante a estada nos deixe um qualquer cunho no tal Almirante, de modo que na próxima linkagem ao dito, aí esteja a sua marca(keting) para a posteridade!
“Carnavalizem” bem, aproveitando os seus 3 dias, já que esta vida são 2!

23.2.06

Povo do coq au vin e do riz au lait

Ó rapaziada, vocês não entrem em pânico mas, por uns dias – poucos, do meu ponto de vista - vou estar ausente. Por isso não estranhem se não me virem a beberricar ao balcão (porque de facto eu não bebo, beberrico) do café. Pois é, vou dar um salto até Barcelona.
Já ouço o Zé “Oh L., tás a viver bem, pá!”. “Tás a viver bem, o quê? Tás a viver bem, não! Tás a viver bem, não!” Para quem não perceba eu explico: é que quem ouvir o Zé, dizendo aquilo, sabendo que ele é administrador da empresa, falando assim para outro sócio administrador, até pensará que eu vou para Barcelona a expensas da firma, o L. descura o seu dever, enquanto ele, Zé, desditoso, se sacrifica pela dita. Nada de mais errado. Zé, tu sabes bem que da firma ainda não vi um tusto. Alguém vai ficar a berrar, que eu nestas coisas sou de antes morrer caloteiro do que tuberculoso mas, a firma, não.
E vocês? Vão onde?
Rogério, então vais até ao Carnaval de Estarreja? Carnaval muito jeitoso, segundo dizes, o Carnaval de Estarreja, e ainda por cima ao pé de casa, a gente já sabe. Pois, sempre se poupa algum.
O Zé tá-se mesmo a ver… Homem de decisões súbitas e repentistas já há muito se decidiu pela Mealhada, aí vai ele, vrrrrrrrr, não se vá acabar o porco (que ele julga ser leitão) e os ciclóstomos estão pela hora da morte.
E claro, o Carnaval faz-se por cá porque como dizem os nuestros hermanos é preciso ahorrar, que os pardaus não saltam de Cabeceiras para Penafiel, ou vós julgais que quê?

Pois é. Vou num voo low cost. - Lau quê? Perguntam vocês.
- Não é “lau”! É “lou”, “lou”. Diz-se “loucóste”. (c’est vachement dingue d’enseigner ces gars à la formation gauloise, bof). Quer dizer voos baratos porque o avião voa mais baixo (low) e rente à costa (cost); uma espécie de navegação à vista, de cabotagem. C’est compris? (Que raio de cara o Zé faz para o Rogério e vice-versa: se calhar continuam a não atinar.)
De modo que, pronto, vou na minha furgonete até Vigo, depois apanho o low cost e lá vou eu. O Hotel também é uma sodomia no sentido que à palavra deu um velho lavrador cá do sítio quando, pela primeira vez entrou num hall de hotel e viu os candelabros luminosos, os mármores, os sofás… “Isto está uma sodomia!”, disse ele. Que associação mental espantosa. Que expressividade. Somos, na verdade, um povo de poetas…
De qualquer modo o hotel tem Hifi, (AIFAI – Internet sem fios) por isso cuidadinho, porque embora eu confie no Zé, vou estar sempre com um olho no burro e outro no cigano… Attention à la tension que qui passe par Alcobace ne passe pas sans y revenir. (Continuo a não perceber a cara do Rogério para o Zé: parece que bebe!)

Saludos

22.2.06

Hello, Troianos!

Depois de censurado e ostracizado sob uma proibição infame, aqui consegui chegar via "qual cavalo" de Troia escavacado com uma cunha do Zé e com o precioso martelo pneumático oferecido pelo L.!
Ora, vejo, estupefacto, que os meus caros não perderam a veia (nem convém, porque, além de necessária, nunca se sabe se, ainda não tendo passado, terá ainda de passar por alguma dessas experiências de....... isso mesmo, "atirar p'ra veia"). Mas, não andando nada desatinada, está, de resto, em rico e soculento estado de produção! Pois! Coisas do factor PdI: é como o tal do Porto, quanto mais velho...
Bom! Esta pequena dissertação não me fez esquecer o "susto" da entrada do Troia, que está clara e L.mente "rouge", o que, para mais um DRAGÃO, é, sem dúvida, um autêntico coup de foudre!.... Mas enfim, administrador que se preza.... impõe-se! Tá bem, os "liverpooldecos" levaram que contar para perceberem que, apesar do Continente estar isolado da Great-Britain, aqui nos fundilhos os Lusos reduzem-lhes os espaço! Mas Domingo... nada de abusos!
Por hoje me chega, se não fico sem "inspiração" para as páginas que hão-de justificar o plim que, mais coisa menos coisa, é capaz de tomber tout doucement hoje na CGD!

P'rós rapazes: Zé, L. e Fernando, um abração! P'rás meninas, de que não dei pela presença, apesar de não ter passeado e "penteado" todas as mesas do Troia, um beijão!

Hasta!
Rogério

PS.: Qualquer erro, ou é figura de estilo ou um problema oftomológico ou "oftomolingulógico".

21.2.06


We'll never walk alone

Hoje é dia grande!
Rumo à Glória pois a vitória é nossa.
Então, a uma só voz:
SLB,SLB,SLB
Glorioso SLB; Glorioso SLB
Ah, mandem vir o que quiserem. Hoje, pago eu...

19.2.06

Esta coisa de alterar o layout sem avisar (para os leigos, o esquema da página) deixa-me confuso.
Pensei que estava a entrar por outro blogue adentro... com licença... eu parece-me que sou daqui, mas não conheço ninguém, peço desculpa...
E ainda não provei a pomada do Fernando, enquanto ele brandia numa mão a taça, noutra a garrafa e noutra a pen...
Tu, L., nunca foste grande coisa a Matemática, mas contavas bem até cinco, as mudanças da tua mota: nunca lhe enfiaste uma sexta, que me conste!
Será que aqueles valorosos que plantaram o blogue, que o viram crescer durante seiscentas e vinte e quatro horas, serão agora os seus carrascos, os cangalheiros, a sua comissão liquidatária, os algozes do petiz que já é, pois que tem quase um mês de vida e direitos de cidadania adquiridos?
Nem o deus "Chronos", aquele que comia os próprios filhos, era tão desumano!
Acho que sempre vou beber um copo ao Tróia para esquecer tamanho desalento e tão crua derrota (pois que não choro pelo vermelho, como sabes, até me rio!) ...
Aqui no Tróia é mais seguro do que em casa do Fernando... Pelo menos, ao músico, nunca o vi tocar com três mãos ou pegar em três bandejas...
Nem nos dias mais aziagos e medonhos, em que enfrascávamos um pouco mais, à custa das negas do Osório!
En attendant.
(liguei à Guida mas ela não tem e-mílio, ou se tem, tinha as duas mãos ocupadas e não conseguiu, com a terceira, tomar nota do meu!)
Saravah

17.2.06

Quem não se lembra desta?

(Para ouvir a versão musical, pelos Frères Jacques, dormez-vous, sonnez les matines... clicar sobre o título)

BARBARA

Rappelle-toi Barbara
Il pleuvait sans cesse sur Brest ce jour-là
Et tu marchais souriante
Épanouie, ravie, ruisselante
Sous la pluie
Rappelle-toi Barbara
Il pleuvait sans cesse sur Brest
Et je t’ai croisé rue de Siam
Tu souriais
Et moi je souriais de même
Rappelle-toi Barbara
Toi que je ne connaissais pas
Toi qui ne me connaissais pas
Rappelle-toi
Rappelle-toi quand même ce jour-là
N’oublie pas
Un homme sous un porche s’abritait
Et il a crié ton nom
Barbara
Et tu as couru vers lui sous la pluie
Ruisselante, ravie, épanouie
Et tu t’es jetée dans ses bras
Rappelle-toi cela Barbara
Et ne m’en veux pas si je te tutoie
Je dis tu à tous ceux que j’aime
Même si je ne les ai vu qu’une seule fois
Je dis tu à tous ceux qui s’aiment
Même si je ne les connais pas
Rappelle-toi Barbara
N’oublie pas
Cette pluie sage et heureuse
Sur ton visage heureux
Sur cette ville heureuse
Cette pluie sur la mer
Sur l’arsenal
Sur le bateau d’Ouessant
Oh Barbara
Quelle connerie la guerre
Qu’es-tu devenue maintenant
Sous cette pluie de fer
De feu d’acier de sang
Et celui qui te serrait dans ses bras
Amoureusement
Est-il mort disparu ou encore vivant
Oh Barbara
Il pleut sans cesse sur Brest
Comme il pleuvait avant
Mais ce n’est plus pareil et tout est abîmé
C’est une pluie de deuil, terrible et désolée
Ce n’est même plus l’orage
De fer d’acier et de sang
Tout simplement des nuages
Qui crèvent comme des chiens
Des chiens qui disparaissent
Au fil de l’eau sur Brest
Et vont pourrir au loin
Au loin, très loin de Brest
Dont il ne reste rien.

Jacques Prévert

16.2.06

Amigos, companheiros, palhaços…

Tenho passado junto ao Tróia, tenho dado uma espreitadela fugidia através das vidraças mas, a verdade, é que não tenho vislumbrado ninguém. Não tenho tido tempo para entrar nem sequer para dois dedos de conversa com o empregado músico.
Isto porque este Fevereiro tem sido aziago: o Glorioso enfarda três daquele a quem potterianamente não posso nem gosto de pronunciar o nome; de seguida vai à cidade do Liz e leva outros três… sofre coração… e ainda queriam vocês que eu aparecesse para ser vilipendiado nesse covil de dragões ressabiados? Não… Nem pó!!!
Mas como as coisas começaram a melhorar cá estou para dar ao serrote comme il faut.
É verdade que poderia levar uma vida mais tranquila se não fosse esta paixão vermelha que, de quando em vez, me assarapanta o coração, me azucrina os nervos. Bastava que fosse, por exemplo, como o Zé de Penafiel: sentava-me à boa maneira do Sá de Miranda, do alto de Duas Igrejas – neste caso Marecos, debaixo de uma cerejeira preta, não a ver correr pardaus em Cabeceiras de Basto mas a esgalhar umas trovas do género “Bailemos nós ja todas tres, ay amigas, so aquestes liquidamberes frolidos…” Que bonito! E a vida como um estorninho, saltitante, leda…
Já estou esguardando o Fernando como se fosse presente, donairoso, contemplando o seu tranquilo Jardim de Baco em hûa mão a pena (que não a pen), noutra a navalha dos enxertos erguendo a taça e exclamando:
- Que pomada!
(E todos vós: - Ó L., então o Fernando tem três mãos?)
Pronto. Já sabia… Quem se mete com esta tropa do Português sujeita-se.
- Oh pá, vocês não vêem que isto é uma liberdade poética? Então eu não sei que o Fernando não pode ter três mãos, pá?! Ele, se quiser, pode pousar no chão a navalha. A taça é que não!
Fernando. Que sorte a tua. Duas das mais nobres actividades numa vida só. Professor e Vinhateiro. Até fazes lembrar Platão, na República, aconselhando a que se beba uns copázios valentes para tirarem as “incomodidades, moléstias e enojos da vida." Que vida porreira!
E o Rogério? Pois é, ah pois é! Sabaticamente, “two step flows of communications” para aqui, “Paradigma de Lasswell” para ali… Fim do mês e a maçaroca na conta. Et on voit la vie en rose.
Só aqui o vosso amigo, sempre a cem, sempre de gazão, que a vida custa muito a levá-la direita, sofrendo as vicissitudes que atormentam as papoilas saltitantes.
E ainda querem que seja eu a vir ao café fazer as despesas da festa? Vá lá, apresentem-se ao serviço que o dever chama.

Já agora mais une invitation para uma bière à la manière. Parem em: http://www.brassens.info/ entrem em “Titres”, mandem tocar – Chanson pour l’Auvergnat ou Les Copains d’abord, se preferirem. (Para os mais morcões nestas coisas, basta carregar naquele coisinho que parece um altifalante)